10 dicas práticas para melhorar a performance do seu site

10 dicas práticas para melhorar a performance do seu site

Velocidade não é luxo: ela decide quem fecha a compra e quem abandona o carrinho.
Este guia apresenta 10 dicas detalhadas que você pode aplicar, mesmo sem grande orçamento, para acelerar páginas, subir posições no Google e proteger a receita.

Se o carregamento sobe de 2 s para 3 s, a taxa de rejeição aumenta 50 %


Dica 1 | Mapeie gargalos com Search Console e PageSpeed Insights

Acelerar sem diagnóstico é chute. Conecte o domínio ao Google Search Console e analise o relatório Core Web Vitals: ele mostra, com dados reais, em quais URLs o Largest Contentful Paint (LCP) ou o Interaction to Next Paint (INP) estão críticos.
Em seguida rode o PageSpeed Insights para mobile e desktop. Note a diferença entre lab data (simulação) e field data (usuário real) — a estratégia deve priorizar o que os visitantes sentem, não apenas a nota de laboratório.

Passo a passo rápido

  • Exporte o CSV do relatório PageSpeed e ordene pelo maior LCP.
  • Crie três colunas (Boa, Média, Ruim) e atribua cada URL.
  • Ataque primeiro as URLs de alto tráfego que estão em “Ruim”.

Meta KPI: nota PSI ≥ 85 para as 20 URLs mais visitadas.


Dica 2 | Otimize LCP, INP e CLS: o trio Core Web Vitals

Desde março / 2024 o Google substituiu o FID pelo INP como métrica oficial de responsividade .

  • LCP ≤ 2,5 s: comprima a hero-image para ≤ 120 KB em WebP e aplique preload.
  • INP ≤ 200 ms: reduza JavaScript não essencial; divida scripts em módulos e carregue só onde necessário.
  • CLS ≤ 0,1: reserve espaço com aspect-ratio e evite anúncios que mudam de tamanho depois do carregamento.

Essas metas alinham UX, SEO e acessibilidade. Pequenos ganhos em cada métrica somam grande salto na sensação de rapidez.


Dica 3 | Converta imagens para WebP ou AVIF

Imagens pesadas são vilãs silenciosas: representam até 80 % do payload de uma página. Conversão para WebP (ou AVIF, se o CMS suportar) reduz tamanho em 30 – 50 % sem perda visível.

Como aplicar em minutos

  1. Gere variantes em lote com Squoosh CLI ou um plugin TinyPNG.
  2. Implemente srcset para tamanhos responsivos.
  3. Ative loading="lazy" para mídia abaixo da dobra.

O ganho é imediato no primeiro carregamento e compensa cada visita futura.


Dica 4 | Minifique e combine CSS, JS e HTML

Cada caractere extra custa bytes. Minificação remove espaços, comentários e renomeia variáveis, enquanto bundling combina arquivos para cortar requisições. Ferramentas como esbuild ou SWC fazem isso em segundos.

Indicador-chave: Total Blocking Time (TBT) < 150 ms — sinal de que o navegador não travou esperando scripts serem analisados.

Após minificar, valide o layout: nomes de classe encurtados não devem conflitar com componentes do CMS.


Dica 5 | Ative cache de navegador e distribua via CDN

Quando o cabeçalho Cache-Control: public, max-age=2592000 está presente, o visitante guarda recursos localmente por 30 dias.
Combine isso com um CDN de borda no Brasil; o TTFB despenca, e os picos de tráfego deixam de derrubar o servidor.

Dica-relâmpago

  • Use Brotli (ou Zstandard) nos assets estáticos: compressão média 11-42 % melhor que Gzip .
  • Teste HTTP/2 e HTTP/3 — ambos priorizam multiplexação e reduzem handshakes TCP.

Dica 6 | Reduza requisições e scripts de terceiros

Cada chamada HTTPS custa 30 – 200 ms .
Faça uma “faxina” mensal no Google Tag Manager: analíticos duplicados, pixels de redes sociais não usadas e widgets de chat que ninguém clica entram na lista de corte.

Checklist rápido

  • Limite a ≤ 75 requisições críticas por página.
  • Console do Chrome DevTools → aba Coverage: remova código morto.
  • Carregue fontes web somente com os caracteres necessários (subset).

Dica 7 | Implemente lazy-loading, prefetch e preconnect

Perceba a hierarquia:

  1. preconnect cria o handshake antes de o recurso ser requisitado.
  2. prefetch baixa recursos que têm alta probabilidade de serem necessários na próxima navegação.
  3. lazy carrega imagens ou iframes só quando entram no viewport.

Esse trio reduz o critical rendering path sem sacrificar tracking ou UX.


Dica 8 | Monitore em tempo real e gere alertas

Velocidade boa hoje pode virar ruim após uma atualização. Use Lighthouse-CI em pipeline: todo push roda auditorias e envia métricas para Prometheus.
No Grafana, defina thresholds — exemplo: alerta Slack se LCP > 2,5 s em produção por 5 min. Assim regressões não chegam ao usuário final.


Dica 9 | Faça testes A/B de performance e conversão

Não basta achar que a página está rápida; é preciso provar que vende mais. A Contentsquare registrou +26,5 % de conversão em variante otimizada do mesmo layout .
Use Google Optimize, VWO ou um script caseiro. Avalie INP e CVR em conjunto: a mais rápida nem sempre converte se comprometer a proposta de valor.


Dica 10 | Crie rotina de governança de performance

Velocidade é maratona, não corrida de 100 m. Institucionalize:

  • Checklist semanal de Core Web Vitals, contraste (WCAG AA) e LGPD.
  • Retro de incidentes de latência e backlog priorizado.
  • Flesch ≥ 55: texto claro ajuda dev, design e conteúdo a falarem a mesma língua.

Negligenciar a cultura de performance faz o ganho de hoje virar dívida técnica amanhã.


Quadro Impacto × Esforço

AçãoImpactoEsforçoPrioridade
Converter imagens para WebP/AVIFAltoBaixoFAÇA JÁ
Minificar CSS/JSAltoMédioAlta
Cache + CDNMédioMédioMédia
Governança contínuaContínuoBaixoConstante

Conclusão

Ao alinhar diagnóstico, execução e monitoramento, você cria um ciclo virtuoso: cada otimização de milissegundos reflete em melhores posições, mais conversões e experiência de marca superior. Comece pela dica 1 hoje e, em poucas semanas, colha resultados que impressionam tanto o usuário quanto a diretoria.